De carrinho de bebê a berimbau: mais de 3 mil itens esquecidos em aeroporto são doados em Goiânia
01/05/2025
(Foto: Reprodução) Ao todo, 18 mil objetos foram esquecidos num intervalo de um ano em 17 aeroportos do país. Donos têm três meses para resgatá-los. Passageiros esqueceram mais de 18 mil objetos em aeroportos do país
O Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, tem tráfego diário de pousos e decolagens para todo o Brasil, onde circulam cerca de 200 mil pessoas por mês, segundo dados do aeroporto. Nessas milhares de viagens, vários objetos acabam ficando para trás, e a maioria não é procurada por quem perdeu, sendo doada a instituições. Há de carrinho de bebê a berimbau.
De acordo com a TV Anhanguera, a concessionária que administra o aeroporto de Goiânia e outros 16 terminais de passageiros no Brasil registrou no ano passado 18 mil objetos esquecidos. Do total, somente 4 mil foram resgatados pelos donos.
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Além do carrinho de bebê e berimbau, entre os itens deixados pelos passageiros estão: urso de pelúcia, documentos pessoais, óculos, brinquedos, caixa para transporte de cachorro e uma imagem de Nossa Senhora Aparecida.
O gerente do aeroporto de Goiânia, Wender Melo Júnior, explicou que a pessoa pode procurar pelo objeto perdido no próprio aeroporto ou pelas centrais de atendimento.
"No geral, esses objetos são armazenados por determinado período. A pessoa que porventura tenha esquecido, ela nos procura, seja pessoalmente ou pelas centrais de atendimento, e com isso, passando as características do objeto, seu objeto pode ser eventualmente recuperado caso ele esteja armazenado", disse o gerente.
O motorista Marcos Alves da Costa contou que conseguiu encontrar sua Carteira de Habilitação (CNH). "Único documento que eu tenho com foto é esse daqui no momento. Esse negócio de digital eu não fiz ainda", disse.
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Objetos esquecidos no aeroporto de Goiânia
Reprodução/TV Globo
Itens doados
Os itens ficam guardados por até três meses. Depois desse período, se o dono não procurar os objetos, eles são doados pra entidades assistenciais, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
A Apae de Goiânia, que atende atualmente 230 alunos, recebeu 3 mil itens que foram deixados na sala de achados e perdidos. Objetos como cadeiras de rodas, bengalas e carrinhos de bebê são usadas pelos estudantes. Outros itens vão para o bazar da instituição.
"Nós temos crianças que ainda não andam, são bebês, nós recebemos aqui bebezinhos. São itens que são esquecidos lá no aeroporto, e saber que são esquecidos e que tem uma utilidade final, que é vir e ajudar as famílias, faz toda a diferença", destacou Vitória Nogueira, assessora técnica da Apae Goiânia.
A dona de casa Camila Gama contou que já aproveitou o bazar da Apae para comprar algumas coisas que estava precisando para ela e o filho.
"Consegui comprar uma Bíblia, um carregador portátil muito bom, roupa para o Pedro. Tinha muitas peças boas", contou.
Apae de Goiânia recebe doações de objetos deixados no aeroporto da capital
Reprodução/TV Globo
Dica para não esquecer
O gerente do aeroporto de Goiânia orienta que os passageiros fiquem atentos a todos os objetos que estão carregando. Ele sugere que se guarde tudo dentro das bolsas e mochilas sempre antes de seguir para a aeronave.
"Ficar atento a esses itens que ele trouxe, os itens que tirou da mochila para realmente guardar tudo isso de novo antes de seguir para a aeronave. Caso contrário, o nosso serviço de achados e perdidos vai estar aí para apoiar e guardar esse objeto para depois ser retomado para o proprietário. O melhor é não se esquecer, essa é a principal dica", salientou.
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