Drone usado para a pulverização de lavouras se torna aliado no combate à dengue no interior de SP
18/01/2025
A pulverização ocorre em Urupês (SP), onde a prefeitura em parceria com produtores rurais começou a utilizar drones em pontos da cidade onde há muitos casos da doença. Equipamento realiza a pulverização de um quarteirão em um minuto e meio. Drone usado para a pulverização de veneno em lavouras se torna aliado no combate à dengue no interior de SP
TV TEM/Reprodução
O drone usado por produtores rurais para a pulverização de lavouras no noroeste paulista se tornou o mais novo aliado no combate à dengue. A tecnologia começou a ser utilizada em Urupês (SP), cidade com 13 mil habitantes.
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O equipamento, que é emprestado por um produtor rural da região, despeja o larvicida utilizado no combate aos criadouros do mosquito em pontos da cidade que em 2024 registrou 500 casos da doença.
O prefeito, Beto Cacciari, contou como funciona o mapeamento e também como é realizado essa pulverização nos bairros da cidade.
"Todos os pacientes suspeitos ou diagnosticados são mapeados, então no entorno da residência e nos locais com mais casos fazemos essa pulverização com o drone, que consegue pulverizar um quarteirão em cerca de um minuto e meio" explica.
Painel do controle do drone de lavoura usado para a pulverização de larvicida no combate à dengue em Urupês (SP)
TV TEM/Reprodução
O operador do drone, Guilherme Leite Tavares, explica que o equipamento é bem preciso para a dispersão do larvicida.
"Eu consigo fazer a logística de quanto vai cair e em qual local vai cair, a gente faz o fracionamento do produto para que ele caia certo nas casa e com uma vazão ideal para que a gente atinja o alvo e também o objetivo" .
Guilherme Leite Tavares que é operador de drone e usa o aparelho para pulverizar larvicida no combate à dengue em Urupês (SP)
TV TEM/Reprodução
Em São José do Rio Preto os drones também são usados para enfrentar a dengue, mas diferente da forma como é em Urupês, o equipamento é usado para a fiscalização do alto, em terrenos que se tornaram pontos clandestinos para o descarte de lixo na cidade.
As multas para o descarte de lixo variam de R$1.500 até R$ 8 mil. Segundo a Prefeitura de Rio Preto, 100 terrenos já foram mapeados para a fiscalização em 2025.
Mais de 50 casos por dia
São José do Rio Preto (SP) registra uma média de 56 novos casos de dengue por dia durante o mês de janeiro. Até quinta-feira (16), a cidade contabilizava 903 registros da doença, segundo a Secretaria de Saúde.
Ainda conforme a pasta, o número representa uma média de 423 moradores atendidos por dia nas unidades de saúde da cidade, o que resultou em filas de espera de até oito horas na rede pública.
Pacientes reclamam da demora no atendimento com filas de espera de até oito horas na UPA em Rio Preto (SP)
Rogério Pedrozo/TV TEM
Na quarta-feira (15), a prefeitura informou que vai ampliar a assistência médica, com incremento de 59 leitos hospitalares para pacientes com dengue nos hospitais - Santa Casa, Hospital de Base, Hospital da Criança e Maternidade, Hospital Municipal e Hospital João Paulo II/AME.
Também foi ampliado o horário de atendimento da telemedicina, com a contratação de cinco médicos e cinco triagistas para o serviço. Para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), haverá um reforço de três novos médicos e um técnico em radiologia, em uma parceria com a Faceres.
2024 teve número recorde
O último boletim epidemiológico divulgado de Rio Preto (SP) contabilizou novos casos confirmados de dezembro de 2024. Com isso, o total de casos registrados no ano passado subiu para 35.049.
Segundo a Secretaria de Saúde, o número é o maior já registrado na história do município.
Ranking nacional
Nos primeiros dias de 2025, São José do Rio Preto e Araçatuba, as maiores cidades do noroeste paulista, lideram o ranking do país de casos prováveis de dengue, segundo o Ministério da Saúde.
São considerados casos prováveis de dengue aqueles confirmados por um ou mais testes laboratoriais, com base no material biológico. Os dados, consultados pela reportagem nesta quinta-feira (15), mostram que Rio Preto tem 4.948 casos prováveis e Araçatuba 1.281 (veja a lista abaixo). Entre as dez cidades com mais casos prováveis, também aparece Votuporanga (SP), com 658.
São José do Rio Preto (SP) - 4.948
Araçatuba (SP) - 1.281
Ribeirão Preto (SP) - 1.168
São José dos Campos (SP) - 930
São Paulo (SP) - 876
Presidente Prudente (SP) - 665
Votuporanga (SP) - 658
Marília (SP) - 648
Brasília (DF) - 630
Londrina (PR) - 628
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